A situação previdenciária do Rio Grande do Sul foi assunto de audiência pública, na segunda-feira (8/7), promovida pela Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia, em conjunto com a Comissão Especial destinada a debater a Previdência Pública.
A convite de deputados estaduais, o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, participou do encontro e ressaltou que a situação previdenciária do Rio Grande do Sul é considerada uma das piores do país.
Nos últimos dez anos, o Estado precisou de R$ 99 bilhões para cobrir o déficit previdenciário. Para 2019, as projeções apontam que deve chegar a R$ 12,3 bilhões o valor para complementar o pagamento de aposentadorias e pensões.
"A conta do poder público não está fechando há anos. Precisa de ajustes em várias áreas e a previdência é uma delas", enfatizou o secretário. O Rio Grande do Sul tem mais de 60% dos vínculos de servidores em inativos e pensionistas.
O secretário da Fazenda também ressaltou fatores demográficos que precisam ser levados em conta. "A população gaúcha tem expectativa de vida acima da média nacional e aposentadorias especiais que garantem a inatividade a grande parte dos servidores na faixa abaixo dos 50 anos. Mesmo já tendo adotado mudanças importantes, o Estado precisa avançar na reforma da Previdência", acrescentou.
A audiência contou com a participação da secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, do diretor-presidente do IPE Prev, José Guilherme Kliemann, de deputados estaduais e de representantes de entidades.
Texto: Ascom Fazenda